. A universalidade do povo ...
Escuta aqui boca aberta
Pode engolir o teu ranço
Tu és mesmo corno manso
Eu comi a tua mulher
Voçê frescou, sabe como é
Me obriguei a dar um trato
E a culpa é tua ó ingrato
Por não dar prazer para ela
Pois tu não come o cú dela
Nem bota a cara no mato.
Tu sai pa beber cachaça
Volta falando besteira
Dá uma fodinha ligeira
Vira para o lado e já ronca
E é disso que ela tem bronca
É o que ela mais reclama
É claro que ela te ama
Só tá sendo mal comida
E embora seja inibida
Quer ser uma puta na cama.
Eu garanto que tu gosta
Que ela faça uma chupeta
Mas tu não chupa boceta
É um amante de bosta
Tu acha que ela nao gosta?
Ela me disse que adora
Ficou assim meia hora se retorcendo e gritando
E eu fazendo e chupando o grelo da tua senhora.
Não adianta ficar bravo
Nem me prometer dar tiro
O que eu disse eu não retiro
De ti eu não tenho medo
Mas vou guardar o teu segredo
Com o teu chifre eu me comovo
Não vou espalhar para o povo
O meu negocio eu respeito
Mas vê se fode direito
Senão eu como de novo.
Eu tou contanto pra ti
Eu fodi a tua patroa
Mas tem uma pergunta boa que acabou de me ocorrer
Se tu não sabe foder
E eu só uma vez atolei
Uma coisa eu encoquei
E um pensamento me vem
Que ela fode muito bem
E não fui eu que ensinei
Acho bom tu ficar esperto
Tem mais alguem de coronel
E a tua cabeça coçando, garanto que não é caspa
É um baita par de aspa de algum comedor piçudo
Que acabou dando graudo na racha da tua mulher
Se tu não dá o que ela quer
Tem mais é que ser...
"Gauchos" deste País, ouviram o conselho, não ouviram?
Depois não se queixem, porque como dizem os brasileiros:
"Tem mulher que é fogo mesmo!"
He! He! He!
O tempo corre entre a névoa sobranceira
Um homem deambula entre ruelas que serpenteiam
Dispersando a nitidez que antes as distinguia
Vai pisando os sulcos de chuva que se concentram
Encharcando-se no que outrora prometera
De rompante algo se intromete cruzando o seu pensamento
Permanece quieto no leito das suas circunferências de temores
Vê-se reflectido no baço espelho d’água
Apaziguando lentamente os impulsos de inexperiência que o revoltam
De candeias às avessas
Cansado de tanto trazer o passado ao presente
Caminha como se tivesse perdido o sentido da identidade e do tempo
Procura um corpo que desconhece
Um toque cheio de pequenos nadas ocultos e ininterruptos
Contorna o pequeno lago que se formou
Olha a jusante vendo a mentira que sustenta
O burgo continua repleto de promessas por cumprir
Muitos dizem habitar essa cidade
Mas mentem
Continuam vivendo nas suas terras…
Como é possível demorar-se com tão fúteis devoções?
Confrontações que provocam o tédio e diluem o afecto
As palavras ficam presas na garganta
Deixam de ser corpóreas
Apenas assinalam a decadência
O ruir dos que ignoram o tempo voraz.
O jogo de seduções acende-se a jusante
Provoca o derrame de lágrimas ardentes
Clama pelo conforto do desejo e luxúria
Traz a serenidade de quem nada quis provar
Senão o apego que lhe brota do peito
Tenta fugir de tanto peso que acumula
Aclamando o caminho de partilhas desmedidas
Dá um passo adiante
Como que se duma oferta suave e longa se tratasse
Urge sedimentar o tempo e moldar o ócio
Assimilar evasões afloradas num ligeiro alvoroço
Numa sucessão de ideias desconexas que se complementam
Refugia-se na fogueira de rebeldia que aconchega e apraz
Lança o alerta para algo de inesperado e derradeiro
Sobrepõe a voz acima do sussurro
Cantando uma ode com sonetos de nostalgia
Cria sonhos enigmáticos envoltos em rituais esotéricos
Incentivando o renascer da quimera
…e a felicidade de descobrir o quanto era infeliz
Menouv
O cariz internacionalista do povo português é inegável. Sempre fomos um povo virado para o mundo. Um povo aberto a novas conquistas. Um povo que navegava por caminhos nunca antes navegados.
É certo que longe vai o tempo em que o D. Afonso Henriques bateu na querida mãezinha e fundou aquilo que viria ser o País "à beira mar plantado" que hoje somos. Longe vai o tempo em que "descobrimos" os "nossos irmãos" do Brasil, Goa, Macau, Angola, Mocambique, Timor, etc etc... tipo aquela música que nos representou no Eurofestival da canção.
As coisas hoje já não são o que eram, mas sem dúvida que ainda somos um povo internacionalista. Não acreditam? Então tirem as dúvidas:
O português...
...se tem um problema para ultrapassar ... diz que se vê grego;
...se alguma coisa é difícil de compreender ... diz que é chinês;
...se trabalha de manhã à noite ... diz que é um mouro;
...se tem uma invenção moderna que é mais ou menos inútil ... diz que é uma americanice;
...se alguém mexe em coisas que não deve ... diz que é como o espanhol;
...se alguém vive com luxo e ostentação ... diz que vive à grande e à francesa;
...se alguém faz algo para causar boa impressão aos outros ... diz que é só para inglês ver;
...se alguém tenta "regatear" o preço de alguma coisa ... diz que é pior que um marroquino;
Mas quando alguém faz merda ou alguma coisa corre mal ... diz que é à PORTUGUESA!!!!
Como diria o saudoso Fernando Pessa: "E esta heim?!?"
Saravá pessoal! Tardei, mas não falhei! Cá estou de novo para partilhar convosco mais uns "pensamentos". Haaa, mas se estão à espera de encontrar alguma coisa éticamente correcto, aconcelho-vos a mudar de site, pois o que aqui vos trago hoje é algo que recebi de uma "Amiga do caralho"... e isto é um assunto sério... ou então não... ou então...
Uma vez que não há por aqui, ou para evitar que venha, gente púdica ou com falsos moralismos, retirei do texto original que recebi toda a censura, caralho!
Amigo simples vs Amigo Verdadeiro vs Amigo do Caralho
1 - Um simples amigo procura-te para conversar sobre os seus próprios problemas.
2 - Um amigo verdadeiro procura-te para te ajudar com os teus problemas.
3 - Um amigo do caralho procura-te, ajuda-te com os teus problemas, dá-te dois cachaços e ainda te leva prá noite e paga-te os copos;
1 - Um simples amigo, quando vai a tua casa e age como uma visita.
2 - Um amigo verdadeiro abre o frigorífico e serve-se sozinho.
3 - Um amigo do caralho abre o frigorífico, serve-se sozinho e ainda refila porque não há o que ele queria;
1 - Um simples amigo pensa que a amizade acabou depois de uma discussão...
2 - Um amigo verdadeiro sabe que não é amizade enquanto não houver nenhuma discussão.
3 - Um amigo do caralho chama-te nomes, fode-te a cabeça, enxota o teu cão, dá-te porrada, mas tá tudo bem;
1 - Um simples amigo espera que estejas sempre lá para ele...
2 - Um amigo verdadeiro espera sempre estar lá pra ti!
3 - Um amigo do caralho espera por ti durante duas horas até ficar revoltado. Vai à tua casa casa... chama-te nomes, volta a enxotar o teu cão e dá-te porrada outra vez. Mas tá tudo bem na mesma!
Ah, pois, agora fico à espera que me digam que tipo de amigos são voçês, ok? Da minha parte já sabem... tento (sempre) atingir o auge da amizade, ou seja... enxotar os cães dos meus amigos (desculpa Pluto); dar-lhes dois "calduços" (aos amigos, porque os cães já lá não estão); abrir o frigorifico e reclamar porque já acabaram com a SuperBock ou restantes bebidas que fazem mal... mas sabem bem; voltar a dar um "calduço" nos gajos (ou pedir um bolo de chocolate às amigas... pensando bem, também pode ser "serradura". Ouviste amiguinha?); e acabar reclamando... só por reclamar! Foda-se, assim até pareço um tipo mau como as cobras, não pareço? Medo, muito meeedo! He! He!
Como despedida deixo-vos um "poeminha" que o sacana do Bocage escreveu ao seu amigo Camões e que penso demonstrar o que é ser um verdadeiro "amigo do caralho"...
Camões, grande Camões, quão semelhante...
Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Arrostar co'o sacrílego gigante.
Como tu, junto ao Ganges sussurante,
Da penúria cruel no horror me vejo.
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante.
Ludíbrio, como tu, da Sorte dura
Meu fim demando ao Céu, pela certeza
De que só terei paz na sepultura.
Modelo meu tu és, mas . . . oh, tristeza! . . .
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.
(Bocage)