Domingo, 12 de Fevereiro de 2006

 Olá amigo(a)s! Sinto-me pouco inspirado a deixar-vos palavras da minha autoria, todavia acho este poema do José Luis Tinoco lindissimo, a mim, pelo menos, faz-me ficar num estado de tranquilidade, nostalgia e esperança tal que me leva a navegar para paragens onde os sonhos deixam de ser utopia e se concretizam... esse mundo onde tudo é possivel! Shiiiu... façam silencio, libertem a alma e contemplem-no, também aqui na belissima voz da nossa Dulce Pontes:
 No teu poema
existe um verso em branco e sem medida,
um corpo que respira, um céu aberto,
janela debruçada para a vida.
No teu poema existe a dor calada lá no fundo,
o passo da coragem em casa escura
e, aberta, uma varanda para o mundo.
Existe a noite,
o riso e a voz refeita à luz do dia,
a festa da Senhora da Agonia
e o cansaço
do corpo que adormece em cama fria.
Existe um rio,
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.
No teu poema
existe o grito e o eco da metralha,
a dor que sei de cor mas não recito
e os sonhos inquietos de quem falha.
No teu poema
existe um cantochão alentejano,
a rua e o pregão de uma varina
e um barco assoprado a todo o pano.
Existe um rio
O canto em vozes juntas, vozes certas
Canção de uma só letra
E um só destina a embarcar
No cais da nova nau das descobertas.
Existe um rio
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.
No teu poema
existe a esperança acesa atrás do muro,
existe tudo o mais que ainda escapa
e um verso em branco à espera de futuro.
José LuÃs Tinoco
De
menouv a 19 de Fevereiro de 2006 às 15:13
MOON: Olá Moon! Realmente é um poema e uma musica lindissima... independentemente de se estar triste ou não. Não vou tirar o teu link (pelo menos para já), porque espero que seja apenas uma pausa e não um fim. Bjocas.
OTEUDOCEOLHAR: Obrigado pela presença, pelo lamento e pelos cumprimentos. Desejos de uma grande semana para ti. :) Bjocas!
MARIA PAPOILA: Olá Maria! És muito bem vinda. Gosto de te ter por cá! Bjocas!
DEDE: Olá "menina dos olhos amendoados"! Obrigado pela visita e pelas palavras. Gostei particularmente desta parte: "Nem sempre se age com o coração mas sim muitas vezes com a razao e entao, os amores impossiveis tornam-se mesmo impossiveis..." Volta sempre!
PACHI: Olá Pachi! Gostei do trocadilho final... "não acabou" porque há que tentar mudar para acabar em bem! Tem lógica! Bjocas! :p
FERRUS: Olá companheiro! Sempre que se queira... sempre mesmo! ;) Um abraço!
De
ferrus a 17 de Fevereiro de 2006 às 09:26
"... um verso em branco à espera do futuro." Sempre que se queira! Obrigado pela partilha, adorei! Um abraço!
De
Pachi a 16 de Fevereiro de 2006 às 18:14
Uma excelente escolha de palavras, escritas e cantadas!!!! Diz tudo!!!
"Tudo está bem quando acaba bem; se não está bem, é porque não acabou"!!!! Bjs
De
Dedé a 15 de Fevereiro de 2006 às 21:43
Hoje quero falar de amor.
Sim, de amor... De amores possiveis e de amores impossiveis...
O amor que não se cala, não se esconde, não se guarda.
O amor que se dá com coragem, sem medos.
O amor que transpõe barreiras, que grita alto para se fazer ouvir...
Mas... Nem sempre se age com o coração mas sim muitas vezes com a razao e entao, os amores impossiveis tornam-se mesmo impossiveis...
O pema do José Luà Tinoco é belÃssimo, a sua interpretação também... o teu espaço um local de paz e venho deixar-te um beijo amigo
Todos temos dias assim...lamento cada vez mais sentir que a minha inspiração (por muito humilde que seja) me escape...mas. Prefiro pensar que são dias. Deixo um beijo continuação de boa semana. ***
De Moon a 13 de Fevereiro de 2006 às 00:16
Já conhecia a música e o poema, ambos lindÃssimos sem dúvida. Bom gosto. E anima-te... não gosto de 'ver-te' assim triste :S.
B.G.D. *****
(P.S.: depois se quiseres podes eliminar o meu link, já encerrei o blog)
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